Nações Unidas, 11 ago (EFE).- A representante especial da ONU sobre violência sexual em conflitos, Margot Wallström, alertou nesta quinta-feira sobre o aumento dos casos de sequestros e violações de mulheres e meninas da Somália durante sua fuga para os campos de refugiados ao outro lado da fronteira no Quênia.
"Durante a longa e perigosa viagem entre a Somália e os campos no Quênia, mulheres e meninas são atacadas, inclusive violadas, por parte dos bandidos e militantes armados", denunciou Wallström em um novo relatório sobre a situação no país africano.
A representante especial da ONU disse que, uma vez que as mulheres cruzam a fronteira ou chegam a Dadaab - o maior campo de refugiados do mundo -, suas esperanças de encontrar um "lugar seguro" somem já que enfrentam novos "perigos e penúrias", incluindo o "risco de ser violadas".
Wallström acrescentou que seu escritório também recebeu informações "alarmantes" sobre violações por parte de forças do Governo Federal de Transição (TFG) e milícias aliadas no centro e sul do país, e que milicianos da organização islâmica Al Shabaab sequestram meninas para obrigá-las a se casar com seus combatentes.
"Faço uma chamada a todas as partes envolvidas para que cessem de forma imediata estas flagrantes violações dos direitos humanos", afirmou a representante especial da ONU, que defendeu mais atenção e mais ajuda para as vítimas de violência sexual e prometeu seguir de perto a evolução dos eventos na zona.
Wallström elogiou os esforços das autoridades quenianas para responder à chegada de dezenas de milhares de refugiados somalis e pediu à comunidade de doadores a aumentar seu apoio ao Governo de Nairóbi, as agências das Nações Unidas e as ONGs para responder à crise humanitária.
Segundo as organizações humanitárias, já morreram dezenas de milhares de pessoas pela crise de fome que castiga o Chifre da África, tragédia que ameaça especialmente 3,7 milhões de somalis, quase a metade da população do país.
FONTE:Yahoo!
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